Há algumas excentricidades do inglês americano que podem confundir a cabeça do estudante brasileiro. Assim como há diferenças entre o português do Brasil e o português de Portugal, com EUA e Inglaterra isso também acontece. Para tirar dúvidas e conhecer algumas dessas diferenças, confira o nosso texto!
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Veja que de acordo com o mapa, há três maneiras de se dizer “refrigerante” no inglês americano: “pop“, “coke” e “soda“. Veja ainda que essas maneiras diferentes são características de cada região. O norte tem preferência pelo termo “pop“. Já o sul prefere “coke“. E o pessoal do oeste pede sempre por “soda“. O mapa acima é de 2003. Será que algo mudou ao longo desses 10 anos? Veja o mapa mais atual abaixo e tire suas conclusões.
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O que isso significa? O que isso tem a ver com a pergunta feita pelo leitor?
Isso mostra que não há dentro de um país de língua inglesa uma unidade no que diz respeito ao uso da língua. Ou seja, dentro de um único país a língua usada comumente por seus habitantes pode apresentar inúmeras variações. Essas variações podem envolver estruturas gramaticais, pronúncias, nomes dados às coisas, gírias, expressões, etc. Portanto, é totalmente normal que em algumas regiões dos Estados Unidos o artigo indefinido “a” seja pronunciado como “ei” e em outras como “ah“.
Outros exemplos da diferença de pronúncia está nas imagens abaixo. Na primeira vemos que a palavra “mayonnaise” (maionese) é pronunciada de duas maneiras. Na segunda imagem, vemos que há três modos diferentes para pronunciar “been” (forma do verbo be no Past Participle).
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As diferenças regionais também se fazem presentes no mundo do vocabulário (léxico). Na imagem a seguir, você poderá notar que a rotatória (aquela bola/círculo pela qual os carros passam em determinados cruzamentos) tem nomes diferentes ou nome nenhum em certas regiões.
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Já na próxima imagem é possível notar como americanos em diferentes regiões dizem “vocês” em inglês.
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No que diz respeito às expressões, a coisa se complica. Afinal, uma expressão (seja ela idiomática ou não) pode ser conhecida em um canto do país e em outro não. Esse é o caso de “How’s your mom’n'em?” (Como está a família?), expressão típica de algumas regiões do sul dos Estados Unidos.
Um morador de certas regiões da Pensilvânia poderá dizer “let’s redd-up the room”. Sendo que “redd-up” significa “clean up”. Portanto, “let’s redd-up the room” é o mesmo que “let’s clean up the room”. Em Wisconsin, as pessoas poderão perguntar “How’s by you?” ao invés do clássico “How are you?”. Um texano, ao falar a um turista que ele deve seguir reto por uma rua, poderá dizer “You go up in through there” (fazendo as preposições parecerem mais infernais do que realmente são).
Essas esquisitices regionais tornam uma língua muito mais rica do que ela já é. Não se trata apenas de esquisitices do inglês americano, ma sim de algo relacionado à língua inglesa como um todo. Essas esquisitices são encontradas no inglês britânico, no inglês australiano, no inglês sul-africano, no inglês irlandês, no inglês canadense e todos os outros.
E o que fazer em relação a isso? Que inglês estudar? Como é que um estudante de inglês se vira com essas esquisitices?
Claro que nem todo mundo precisa disso. O que a grande maioria das pessoas quer é aprender inglês para se comunicar naturalmente. Essas esquisitices interessam mais os linguistas, professores, autores, pesquisadores etc. Portanto, não entre em desespero.
Você, estudante de inglês, deve apenas estar ciente que as diferenças regionais dentro de um tipo de inglês existem. Elas fazem parte da cultura de cada país. Portanto, quando você encontrar algo esquisito – uma pronúncia, uma palavra, uma estrutura gramatical, seja o que for – não pense em regras, não pense em erro, não pense que você é burro… Nada disso! Pense apenas que você está aprendendo uma língua que possui inúmeras variantes regionais e que isso é muito mais normal do que você imagina.
Referência: Inglês na ponta da Lingua.